A NEUROLOGIA
É A MINHA MISSÃO

Dr. CARLOS HENRIQUE FERREIRA CAMARGO

SOBRE

O Dr. Carlos Henrique Ferreira Camargo iniciou seus estudos no curso de medicina da UFSC, no ano de 1992, formou-se médico em 1997, no ano de 1998 voltou para Curitiba a fim de cursar residência na área de Neurologia no Hospital de Clínicas da UFPR (1998-2001). Completando sua formação com um estágio em Distúrbios do Movimento no mesmo hospital (Clinical Fellowship), entre 2001 e 2002. No ano de 2002 mudou-se para Ponta Grossa para exercer a neurologia e também devido a expectativa da abertura do curso de medicina na UEPG. A partir desse mesmo ano até o ano de 2010 atuou no Hospital Bom Jesus (HBJ), onde coordenou a implantação da Comissão Intra-hospitalar de Doação de Orgãos e Tecidos (CIHDOT) e a Comissão de Residência Médica (COREME). De 2009 à 2011, fez parte do departamento de Neurologia da Santa Casa de Misericórdia de Ponta Grossa, atuando como preceptor no programa de residência médica em clínica médica. No ano de 2009, com a reimplantação do curso de medicina na UEPG, o Dr. Carlos foi admitido como professor da disciplina de neuroanatomofisiologia, e no mesmo ano também assumiu o cargo de médico neurologista no HURCG.

Tornou-se chefe do serviço de neurologia e primeiro Diretor Clínico da instituição.
Concluiu Mestrado (2007) e Doutorado (2013) em Medicina Interna na UFPR. No ano de 2016, deixou a UEPG e o HURCG. Em 2017, em Curitiba, se tornou professor colaborador do Programa de Pós-graduação em Medicina Interna da UFPR onde passou orientar e coorientar alunos de mestrado e doutorado na área de distúrbios do movimento, e ministrar aulas nas disciplinas de Seminários e Doenças Neurodegenerativas.
Seu foco como médico e pesquisador é o estudo dos distúrbios do movimento, tendo publicado diversos artigos e livros sobre o assunto, além de frequentemente ministrar aulas em eventos nacionais e internacionais
Hoje o Dr. Carlos Henrique atua como médico neurologista em Ponta Grossa e Curitiba, e faz parte do corpo clínico do Hospital Marcelino Champagnat em Curitiba.


É membro titular da Academia Brasileira de Neurologia e Fellow of American Academy of Neurology (FAAN). Seu foco como médico e pesquisador é o estudo dos distúrbios do movimento, tendo publicado diversos artigos e livros sobre o assunto, além de frequentemente ministrar aulas em eventos nacionais e internacionais.
 
 
 

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DOENÇAS NEUROLÓGICAS

As informações estão escritas aqui de modo simplificado. Se ao ler você se identificar com os sintomas de alguma doença, procure um neurologista para maiores informações e um diagnóstico correto.

Distúrbios do Movimento

Os parkinsonismos incluem a doença de Parkinson (DP), a paralisia supranuclear progressiva (PSP), a atrofia de múltiplos sistemas (AMS), a degeneração córtico-basal (DCB) e o parkinsonismo vascular (PV), entre outras formas menos comuns de parkinsonismo. Há uma grande quantidade de pacientes com parkinsonismo induzidos por medicamentos, principalmente por antipsicóticos e inibidores de canal de cálcio (flunarizina e cinarizina) usados para vertigens.

O sinal ou sintoma essencial a todas as formas de parkinsonismo é a bradicinesia. Existem muitos sinais e sintomas que demonstram a bradicinesia, sendo os mais comuns a redução do balanço natural/normal dos membros superiores; lentidão dos movimentos para abrir e fechar as mãos; bater os pés; redução do tamanho da caligrafia; redução no número de piscadas dos olhos por minuto, por exemplo. Parkinsonismo é, portanto, definido como bradicinesia, em combinação com pelo menos 1 outro sintoma, tremor ou rigidez. 

A DP é uma doença neurodegenerativa, progressiva e crônica, descrita por James Parkinson, em 1817. Segundo levantamentos da Organização Mundial da Saúde (OMS) estima-se que 1% da população acima de 65 anos apresenta DP. 

A DP pode se apresentar com diversas formas clínicas, inclusive sem tremor. Além dos sinais e sintomas clássicos, deve-se dar ênfase para os sinais e sintomas não motores, como dor, alterações do sono, intestino preso, depressão, alterações cognitivas, e alterações de olfação.

O tratamento pode ser feito com medicamentos, principalmente a levodopa, além de reabilitação e tratamento cirúrgico (DBS).

O tremor é um movimento involuntário, rítmico e oscilante, que ocorre em determinado segmento corporal. Os tremores, de um modo geral, são relatados há milhares de anos por vários povos antigos, e foi inicialmente associado a senilidade e ao medo.

O tremor pode ser classificado em tremor de ação e tremor de repouso. O tremor de ação pode ser subdividido ainda em três tipos: tremor de movimento, que ocorre exclusivamente em movimento; tremor postural, que ocorre quando o membro está suspenso contra a gravidade e tremor intencional, ocorrendo quando a mão alcança um alvo desejado. O tremor de repouso ocorre com o membro totalmente relaxado ou apoiado sobre uma superfície.

Há várias causas de tremor. O tremor essencial (TE) é uma das doenças mais comuns que cursam predominantemente com tremor. O TE se define por um tremor de ação isolado de membros superiores, com duração de ao menos três anos, podendo acometer outros locais (voz, cabeça ou membros inferiores) sem outros achados no exame neurológico. 

A distonia é um distúrbio do movimento hipercinético que pode ser definido como uma síndrome caracterizada por contração muscular sustentada causando torção, movimentos repetitivos ou posturas anormais. Poderíamos acrescentar nesse conceito: muitas vezes causando dor, e muitas vezes reduzindo consideravelmente a qualidade de vida do doente, e muitas vezes causando muita angústia no paciente e nos seus familiares.

A distonia é uma doença relativamente incomum e a sua prevalência é variável de acordo com a região estudada.

A classificação das distonias por distribuição anatômica é dividida em cinco grupos: focal (afeta uma parte do corpo), segmentar (afeta duas ou mais regiões adjacentes), multifocal (afeta duas ou mais regiões não adjacentes), hemidistonia (afeta o membro superior e o membro inferior do mesmo lado), e generalizada (afeta um ou ambos membros inferiores com o tronco somados a outra região).

As distonias hereditárias são clinicamente e geneticamente heterogêneas. Os últimos anos têm sido pródigos em avanços no entendimento da genética das distonias, com novos genes sendo identificados. Para as distonias generalizadas, os mecanismos genéticos são mais bem entendidos que para as distonias focais.

O tratamento das distonias focais, como a distonia cervical e o blefaroespasmo, continua sendo predominantemente com toxina botulínica, enquanto para as distonias generalizadas o tratamento pode ser feito com medicamentos e/ou cirurgia (DBS).

A doença de Huntington (DH) é uma doença neurológica, progressiva, geneticamente determinada, que se apresenta com distúrbios do movimento, sintomas psiquiátricos e declínio cognitivo. A primeira descrição detalhada da doença foi feita em 1872 pelo médico George Huntington, de quem recebeu o nome.

A progressão da disfunção motora é uma característica no curso da doença. O comprometimento motor começa sutilmente com leves movimentos involuntários. Com o agravamento contínuo da função motora, surgem outros sinais motores característicos da DH, como coreia, distonia e alteração da motricidade extrínseca ocular. A coreia está presente em mais de 90% dos pacientes.

Coreia é um distúrbio do movimento caracterizado por movimentos involuntários arrítmicos, rápidos, abruptos, não repetitivos no tempo e com distribuição variável, preferentemente na parte distal dos membros. O número de doenças e síndromes reconhecidamente associadas a movimentos coreicos tem se tornado cada vez maior.

Os tiques são movimentos involuntários rápidos, repetitivos e estereotipados de grupos musculares individuais. Os distúrbios dos tiques são geralmente categorizados de acordo com a idade de início, duração dos sintomas, gravidade dos sintomas e achados dos tiques vocais e/ou motores.

O principal entre os distúrbios de tiques é a Síndrome de Tourette (TS). Em1885, Gilles de la Tourette publicou sua tese Étude sur une affection nerveuse caractérisée par de l’incoordination motrice, acompagnée d’écholalie et de coprolalie. Nesse estudo ele caracterizou com grande detalhe nove pacientes com tiques (embora esse termo não tenha sido usado Gilles de la Tourette). TS é definida como uma desordem caracterizada por múltiplos tiques motores e pelo menos um tique vocal com duração de ao menos um ano, normalmente começando na infância ou adolescência. TS é um distúrbio neuro-comportamental relativamente complexo, em que os pacientes podem apresentar simultaneamente transtorno de déficit de atenção e hiperatividade, transtorno obsessivo-compulsivo, distúrbio de comportamento ou outras comorbidades.

Ataxia (do grego ataxis = sem coordenação) é um termo que literalmente significa desordem ou confusão que se refere mais comumente à incoordenação motora. As ataxias podem ser divididas em (1) cerebelar, quando há comprometimento do cerebelo; (2) ataxia sensitiva, quando existe o acometimento da via da sensibilidade proprioceptiva; (3) ataxia frontal, uma forma rara de ataxia quando existe comprometimento de lobo frontal; e (4) ataxia vestibular, quando há disfunção labiríntica.

As ataxias espinocerebelares (SCA) correspondem a um extenso grupo de doenças neurodegenerativas heterogêneas, caracterizadas pela perda de equilíbrio e coordenação motora devido à disfunção primária do cerebelo e suas vias de ligação. Esse processo degenerativo, além de envolver o cerebelo (área do sistema nervoso classicamente relacionada ao equilíbrio e à coordenação) pode evoluir para outras áreas do sistema nervoso central e periférico.

Em todo o mundo os tipos 1, 2, 3 de SCAs são os mais frequentes. No Brasil a SCA3 é a mais comum, conhecida como doença de Machado-Joseph.

A espasticidade pode ser definida um aumento anormal do tônus muscular, decorrente de uma lesão do SNC.

As principais causas de espasticidade em adultos são os acidentes vasculares cerebrais (AVC), trauma, esclerose múltipla e tumores do sistema nervoso central, em crianças, a paralisia cerebral. Existem particularidades na apresentação da

espasticidade inerentes a cada uma destas etiologias, porém, na maior parte dos casos, as opções terapêuticas, bem como as dosagens utilizadas, são semelhantes.

Dentre os tratamentos disponíveis incluem-se: a fisioterapia, os agentes farmacológicos por via oral ou via intratecal, a quimiodesinervação dos músculos (com toxina botulínica), a neurólise quimíca e os tratamentos cirúrgicos.

Distúrbios da Cognição, do Aprendizado e do Comportamento

A demência é uma síndrome caracterizada por déficit de alguma função cognitiva com intensidade suficiente para interferir no desempenho social, profissional e/ou econômico do indivíduo. Inúmeras são suas causas e o diagnóstico específico depende do conhecimento das diferentes manifestações clínicas. A causa mais comum é a doença de Alzheimer (DA), mas a demência pode estar presente em outras doenças neurodegenerativas como a doença de Parkinson, demência por corpos de Lewy, doença de Huntington, por exemplo, ou doenças vasculares, metabólicas, distúrbios bioquímicos ou infecciosos.

O principal fator de risco para a doença de Alzheimer (DA) é a idade, considerando a recente transição epidemiológica no Brasil, estes dados são particularmente relevantes. 

Clinicamente, a DA consiste em declínio cognitivo progressivo, frequentemente iniciado como um comprometimento da memória a curto prazo, afetando as habilidades de julgamento, tomada de decisão e orientação, e os estágios posteriores da doença também apresentam distúrbios comportamentais e anormalidades de linguagem. As últimas recomendações de critérios diagnósticos indicavam que a investigação clínica poderia determinar se a doença é provável, possível ou improvável. A progressão da síndrome demencial pode ser distinguida em estágios leves, moderados e graves, através de escalas de estadiamento clínico.

Há demências com causas tratáveis, como por exemplo, demências por deficiências de vitaminas. A intervenção farmacológica é o principal ramo do tratamento da AD, embora nenhum medicamento tenha sido capaz de reverter a progressão da doença. Os inibidores da acetilcolinesterase (AChEI) são recomendados para o tratamento de todos os estágios da AD demência. A memantina pode ser usado em estágios mais avançados.

O transtorno de déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) manifesta-se como um padrão comportamental que leva a uma significativa deficiência social, educacional e ocupacional. As principais características do transtorno são desatenção, hiperatividade e impulsividade. O diagnóstico de TDAH é clínico e se baseia em um quadro clínico persistente e precoce que se manifesta em diferentes ambientes e leva à perda funcional.

O comprometimento da atenção seletiva e do sistema de recompensa pode estar associado a um maior risco de uso e dependência de substâncias. Este risco também pode estar associado à impulsividade, baixa auto-estima e um sentimento de incapacidade e desmoralização. Assim, devido à impulsividade e desatenção associadas à condição, a TDAH pode ser um fator de risco para o distúrbio do uso de substâncias.

A dificuldade de aprendizado em adolescentes e adultos podem vir de problemas iniciados na infância, diagnosticados ou não, como o TDAH do adulto. Além disso, doenças sistêmicas, uso de medicamentos, alterações do sono, doenças neurodegenerativas, distúrbios hidroeletroeletroíticos, distúrbios metabólicos, entre outros, podem precocemente manifestar-se com dificuldades de atenção e concentração e outras áreas da cognição.

Depressão e ansiedade são frequentes causas de alterações cognitivas. Além disso, podem ser alertas para doenças neurológicas. Pacientes com dor neuropática, distúrbios do movimento e doenças desmielinizantes cursam com depressão ou ansiedade. A depressão pode proceder as alterações motoras da doença de Parkinson em anos.

Doenças Desmielinizantes

A esclerose múltipla é uma doença inflamatória desmielinizante (que afeta a mielina, capa proteica que envolve os axónios dos neurônios) primária do SNC. É uma doença autoimune crônica que afeta adultos jovens na idade de máxima produtividade, predominantemente entre 20 e 40 anos. Curso clínico imprevisível, prognóstico variável.

Há uma predominância em pessoas brancas que moram em áreas mais frias do mundo. Portanto, além do papel da genética e do sistema imunológico, há um importante papel do ambiente no aparecimento da doença.

Não há um marcador específico para o diagnóstico. O diagnóstico é feito por uma combinação de achados clínicos e de ressonância magnética. Outros exames como análise do liquor e o potencial evocado visual podem ajudar a confirmar o diagnóstico.

O tipo mais comum é a esclerose múltipla recorrente remitente, para a qual também há vários tratamentos, que são mais efetivos no controle do que nos outros tipos da doença.

A neuromielite óptica (NMO), também conhecida como doença de Devic, é uma doença inflamatória, autoimune do sistema nervoso central – que atinge principalmente os nervos ópticos e a medula espinhal, causando a perda da visão; dificuldade para andar; dormência nos braços e pernas; e alterações no controle da urina e das fezes. Por muito tempo a doença foi considerada uma variante da esclerose múltipla, porém, hoje se que são doenças distintas e com tratamentos diferentes. A NMO apresenta-se com surtos mais graves, atinge mais mulheres e negros. 

Cefaleias e Dor

A enxaqueca é um tipo de dor de cabeça que costuma provocar dores de um lado da cabeça e latejantes, acompanhadas na maioria das vezes de náuseas, vômitos e intolerância a sons, luz e cheiros fortes. As crises podem a aparecer ocasionalmente ou em muitos casos se tornar crônica, principalmente pelo abuso de analgésicos, com frequência diária.

Normalmente, antes da dor, pode ocorrer uma fase premonitória com aumento do apetite (principalmente por doces), alterações de humor, cansaço e retenção de líquidos. Depois, em alguns casos, pode vir a aura, que normalmente precede a crise, mas também pode ocorrer simultaneamente. Ela ocorre em 15 a 25% das enxaquecas, e se manifesta com alterações na vista como embaçamento, pontos ou manchas escuras na visão. Em casos raros podem acontecer auras sem dor de cabeça. A cefaleia é o período mais incapacitante e incômodo da enxaqueca. A sensação é de dor de um lado da cabeça e latejamento que pioram com qualquer esforço físico. Além disso, náuseas, vômitos e sensibilidade a barulhos, luz e cheiros podem acompanhar a dor. Após passar a dor ainda resta um período com fadiga, dor muscular e dificuldade de realizar tarefas normais.

O tratamento para prevenir as crises é feito com medicamentos e toxina botulínica. Para parar com a crises os medicamentos mais eficazes são os triptanos.

A cefaleia tipo tensional (ou dor de cabeça tipo tensional) é uma cefaleia primária e recorrente na qual, após avaliação clínica e os exames complementares, não há sinais de lesão cerebral. Sua apresentação costuma variar entre pouco frequente, muito frequente ou crônica. A cefaleia tensional episódica pouco frequente ocorre de uma a duas vezes ao mês. Já a muito frequente, uma a duas vezes por semana. A crônica diária acontece mais de quinze dias ao mês por três ou mais meses, podendo durar anos.

Esse tipo de dor de cabeça não apresenta aviso prévio e possui uma instalação de início lento, com localização variando entre frontal, no meio da cabeça, nuca, parte posterior ou toda a cabeça. Pode ser dos dois lados, pesada ou opressiva, agoniada e algumas vezes mal definida, mas dificilmente se apresentará como unilateral e latejante. Luz, cheiros, movimentos da cabeça não costumam piorar a dor. Não são acompanhadas por enjoo ou vômitos. 

A cefaleia tipo tensional também pode estar associada a outros tipos de dor de cabeça, em especial a enxaqueca. Quando crônica, pode ter grande impacto negativo na vida do pessoal, social, profissional ou vida escolar do paciente.

A neuralgia occipital (ON), descrita em 1821 como neuralgia cervico-suboccipital ou neuralgia de Benito, é a segunda forma mais prevalente de neuralgia craniana, superada apenas pelo tipo trigeminal. A condição afeta principalmente mulheres (80%) com 54 anos de idade ou mais. Na maioria dos casos (>85%) o nervo occipital maior está envolvido, mas o nervo occipital menor e as lesões no terceiro nervo cervical também podem ser responsáveis. 

Na ON, há uma dor “basal” contínua na parte de trás da cabeça ao longo da trajetória dos nervos occipitais (91,1%), associada a pontadas de dor que duram de segundos a minutos (68,8%). Estes paroxismos podem ser unilaterais (89,7%) e graves na base da inserção posterior do couro cabeludo e irradiar para qualquer dos três primeiros ramos dos nervos cervicais. Durante ataques paroxísticos pode ocorrer contratura muscular, associada à dor residual. 

A ON pode ser tratado com anticonvulsivantes O bloqueio anestésico do nervo occipital não é apenas um critério diagnóstico, mas também uma opção terapêutica, e seus efeitos podem durar até seis meses. Alguns casos podem exigir bloqueios repetidos em curtos períodos de tempo, enquanto outros se tornam refratários. Outras opções de tratamento são a desnaturação por radiofrequência, estimulação nervosa e Toxina Botulínica, rizotomia e radiocirurgia.

A neuralgia do trigêmeo é caracterizada pela compressão do nervo trigêmeo, que é responsável pelo controle dos músculos da mastigação e pelo transporte de informações sensitivas do rosto até o cérebro, resultando em crises de dor, principalmente na parte inferior do rosto, mas que também pode irradiar para a região em volta do nariz e parte superior dos olhos.

As crises de dor da neuralgia do trigêmeo são bastante intensas e podem ser desencadeadas por atividades simples como tocar no rosto, comer ou escovar os dentes, por exemplo.

Apesar de não ter cura, as crises de dor podem ser controladas por meio do uso de medicamentos, toxina botulínica ou cirurgia.

A dor neuropática é um tipo de dor crônica que ocorre quando os nervos são feridos ou danificados. Esse tipo de problema está presente em até 10% da população e pode ser incapacitante, causando diferentes sensações de dor.

Na dor neuropática há uma sensação de incômodo evidente. Pode ser contínua (presente durante todo o tempo) ou intermitente (em crises, surgindo em horários intercalados). A intensidade da dor varia de fraca a intolerável, dependendo do estágio da doença e do grau de comprometimento dos nervos. Junto com a dor podem ocorrer sintomas como: queimação, agulhadas, choques, formigamento ou adormecimento.

O tratamento da dor neuropática, tanto medicamentoso quanto cirúrgico, varia de acordo com a doença e o estágio em que ela se encontra. 

Distúrbios do Sono

Na apneia do sono, os sinais e sintomas mais frequentes são a sonolência excessiva durante o dia, os roncos, despertares com sensação de asfixia, sudorese noturna (transpiração durante o sono), boca seca, sensação de sono não reparador, dores de cabeça pela manhã, dificuldade em concentração, alterações cognitivas (memória, capacidade de cálculo ou raciocínio) irritabilidade e ansiedade.

As principais causas de apneia obstrutiva do sono são a obesidade, hipertrofia das amígdalas, alterações crânio-faciais e aumento da circunferência do pescoço. No caso da apneia do sono central, a causa mais comum é a insuficiência cardíaca e mais raramente o acidente vascular cerebral (AVC).

A polissonografia é o exame indicado para diagnosticar a apneia do sono. Este exame para além de permitir o diagnóstico da apneia do sono, permite também conhecer a gravidade da doença.

Além da higiene do sono, o ventilador com pressão positiva contínua da via aérea (CPAP), abreviatura da tradução do inglês (Continuous Positive Airway Pressure) é uma máquina usada no tratamento da apneia do sono e pode ser utilizada em qualquer grau de gravidade da doença. 

A insônia é caracterizada pela dificuldade de dormir ou conseguir manter um sono contínuo sem ser interrompido durante a noite. Cerca de 30% a 50% dos brasileiros sofrem com a insônia, que pode se manifestar por diversas razões, como estresse, ansiedade, depressão, dor crônica e uso de certos medicamentos.

A higiene do sono é um conjunto de hábitos que pode ajudar qualquer pessoa a dormir melhor. O tratamento medicamentoso da insônia depende das causas que a estão provocando.

O transtorno comportamental do sono REM (rapid eyes moviment – movimento rápido dos olhos) ocorre na fase do sono onde ocorrem os sonhos mais vívidos.  Há uma perda da atonia muscular durante o sono REM fazendo com que o pacienta reaja fisicamente aos sonhos vívidos, muitas vezes de maneira desagradável, com movimentos súbitos e violentos de braços e pernas durante o sono REM, além de sons vocais.

O transtorno comportamental do sono REM pode estar associado a outras condições neurológicas, como a demência com corpos de Lewy, a doença de Parkinson ou a atrofia de múltiplos sistemas.

O sonambulismo é um distúrbio do sono que acontece durante a fase mais profunda do sono. A pessoa que é sonâmbula pode parecer estar acordada porque se movimenta e está com os olhos abertos, no entanto, ela continua dormindo e não consegue controlar exatamente o que faz e normalmente, quando acorda não se lembra de nada do que aconteceu.

O sonambulismo é mais comum em crianças que em adultos e tem mais chance de ocorrer em pessoas que tenham um histórico familiar. A recorrência em adultos pode estar associada a altos níveis de estresse.

A síndrome das pernas inquietas, também chamada de doença de Willis-Ekbom, é um distúrbio neurológico do sono que causa um impulso intenso involuntário de mover as pernas (e até mesmo os braços ou o resto do corpo). Este impulso ocorre em conjunto com outras sensações nos membros descritas como puxar, latejar, coçar, dor ou ardência nos mesmos. Essas sensações ocorrem, geralmente, quando o paciente está deitado na cama ou sentado durante muito tempo, como quando dirige um carro ou quando está no cinema, por exemplo.

A síndrome ocorre mais frequentemente à noite, sendo, por isso, difícil adormecer. Muitas vezes, os doentes tendem a ficar dando voltas e agitar as pernas para ajudar a aliviar as sensações desconfortáveis.

O tratamento normalmente é feito com medicamentos agonistas dopaminérgicos.

Epilepsias

Crise epiléptica é definida como a ocorrência transitória de sinais e/ou sintomas devido a uma atividade neuronal excessiva no cérebro. Esses sinais ou sintomas incluem fenômenos anormais súbitos e transitórios tais como alterações da consciência, ou eventos motores, sensitivos/sensoriais, autonômicos ou psíquicos involuntários percebidos pelo paciente ou por um observador.

Epilepsia é uma doença do cérebro caracterizada por uma das seguintes condições:

– Pelo menos duas crises epilépticas não provocadas (ou duas crises reflexas) ocorrendo em um intervalo superior a 24 horas

– Uma crise não provocada (ou uma crise reflexa) e chance de uma nova crise estimada em pelo menos 60%

– Diagnóstico de uma síndrome epiléptica

Uma pessoa que teve diagnóstico de epilepsia sempre terá mais chances de ter crises epilépticas do que as pessoas da população geral, portanto, seria inadequado a definição “epilepsia curada”. A nova definição da Liga Internacional contra a Epilepsia propõe o termo “epilepsia resolvida” para classificar a doença desses indivíduos. Ainda consideram um intervalo de tempo para a aplicação do termo epilepsia resolvida, e este foi definido como o período de pelo menos dez anos sem crises, cinco anos dos quais sem o uso de medicação antiepiléptica.

A escolha da medicação, e quando usá-la, depende das características da epilepsia.

Doenças Inflamatórias do Sistema Nervoso Central

As encefalites autoimunes (EA) compreendem um grupo de doenças inflamatórias imunomediadas do parênquima cerebral. Frequentemente envolvem a substância cinzenta profunda ou cortical, com ou sem envolvimento da substância branca, meninges ou medula espinhal. 

As encefalites autoimunes podem ser tão comuns quanto a encefalite infecciosa.

A apresentação clínica tem caráter agudo ou subagudo, com duração inferior a 3 meses. Um curso monofásico é mais comum nas encefalites autoimunes por anticorpos de superfície. Curso progressivo pode ser visto em encefalites paraneoplásicas. Pacientes oncológicos ou com risco aumentado de câncer (tabagistas, idosos, ou pacientes com perda de peso não intencional rápida) são propensos a EA paraneoplásica. Por outro lado, pacientes com histórico pessoal ou familiar de doenças autoimunes possuem risco aumentado de EA por anticorpos de superfície. 

O diagnóstico é feito pelo quadro clínico associado à ressonância magnética, análise do líquor e dosagem de anticorpos.

O tratamento é feito no hospital com imunossupressores como corticoides em altas doses e imunoglobulina.

A meningite é uma inflamação das meninges, que são as membranas que envolvem o cérebro. É causada, principalmente, por bactérias ou vírus e nem todas são contagiosas ou transmissíveis.

Entre as meningites bacterianas, a meningite meningocócica continua sendo o principal objetivo da vigilância das meningites, em função da morbimortalidade da doença. É causada por uma bactéria que possui diversos sorogrupos. Os mais frequentes são o A, B, C e o Y e W. A transmissão ocorre através do contato direto pessoa a pessoa, por meio de secreções respiratórias de pessoas infectadas, assintomáticas ou doentes.

Em crianças acima de 1 ano e adultos, os principais sintomas são: febre, dor de cabeça, vômitos, rigidez de nuca, convulsões e/ou manchas vermelhas no corpo. Em crianças abaixo de 1 ano, os sintomas podem não ser tão evidentes.

As meningites virais são aquelas causadas por vírus. É caracterizada por um quadro clínico com evolução autolimitada e benigna. 

O tratamento para a meningite meningocócica, outras meningites bacterianas e meningites por fungos, tuberculose, parasitas, etc, deve ser feito no hospital com medicamentos específicos e supervisão médica.

A mielite transversa (MT) aguda é uma doença neuroimune adquirida rara da medula espinhal que pode se manifestar com o início rápido de fraqueza (paraparesia a paraplegia), alterações sensitivas e disfunção intestinal e urinária. 

Ela pode ocorrer como uma doença independente, geralmente como uma complicação pós-infecciosa, mas também faz parte da evolução de distúrbios neuroinflamatórios. 

Na MT parainfecciosa, a lesão pode estar associada à resposta sistêmica à infecção por uma variedade de agentes, como enterovírus, vírus varicela zoster, vírus do herpes e Listeria monocytogenes, e apenas raramente com infecção microbiana direta do sistema nervoso central. A esclerose múltipla e a neuromielite óptica são os principais distúrbios automunes do SNC que podem causar MT. A sarcoidose e o lúpus eritematoso sistêmico são exemplos de causas sistêmicas de MT.

Tumores do Sistema Nervoso Central

O meningioma é o tipo mais comum de tumor cerebral primário, geralmente benigno.

O tumor pode se desenvolver em qualquer porção da dura-máter (a camada mais externa nas meninges, capa que envolve o SNC), mas ocorre mais frequentemente sobre as partes convexas.

Os sintomas dependem de onde o tumor está localizado, mas muitas vezes são assintomáticos. Há sintomas comuns a todos os locais em que ele pode ocorrer: dor de cabeça, vômitos, perda de força e de sensibilidade. Sintomas neurológicos relacionados à coluna também podem indicar a presença de um meningioma.

O diagnóstico de meningioma, como o de outros tumores cerebrais, é realizado por ressonância magnética com contraste.

Tumores assintomáticos e pequenos, principalmente em pessoas idosas, não precisam de tratamento. O acompanhamento com exames de imagem periódicos é suficiente. Na maioria dos casos o tratamento é cirúrgico. 

O glioma é um tipo comum de tumor que se origina no cérebro. Cerca de 33% de todos os tumores cerebrais são gliomas, que se originam nas células gliais que residem no cérebro. 

Existem vários tipos diferentes de gliomas que variam em características celulares, localização e gravidade. Os tipos de glioma incluem astrocitomas, glioma do tronco encefálico, ependimomas, gliomas misturados, oligodendrogliomas e gliomas do nervo óptico. Os astrocitomas são os gliomas mais comuns. Os glioblastomas são os tipos mais malignos de astrocitoma. Os sintomas de um glioblastoma podem ser similares aos outros tipos de gliomas.

Os sintomas mais comuns do glioma são dores de cabeça; convulsões; mudanças de personalidade; fraqueza nos braços, na face ou pernas; dormência; tontura; problemas na fala; náusea; vômito.

Os linfomas cerebrais estão se tornando cada vez mais frequentes em pessoas com o sistema imunológico debilitado (como as que sofrem de AIDS, entre pessoas idosas e, por razões desconhecidas, entre pessoas com o sistema imunológico normal.

Os gliomas e linfomas são diagnosticados por meio de uma ressonância magnética ou outro exame com imagem do cérebro, e confirmados por meios cirúrgicos para determinar o tipo e o grau.

O tratamento pode incluir observação, cirurgia, terapia de radiação, quimioterapia ou uma combinação dessas modalidades.

As metástases cerebrais são muito mais comuns do que tumores primários. Mais de 80% das pessoas com metástases cerebrais têm mais de uma metástase.

As metástases a partir de outras partes do corpo podem se espalhar para uma única parte do cérebro ou para várias partes diferentes. Os principais tipos de câncer que podem se espalhar para o cérebro são: mama, pulmão, rim, tireoide, melanoma, linfoma e leucemia.

Doenças do Neurônio Motor

Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) é uma doença neurodegenerativa e progressiva que acarreta paralisia motora irreversível. Pacientes com a doença sofrem paralisia gradual e morte precoce como resultado da perda de capacidades cruciais, como falar, movimentar, engolir e até mesmo respirar.

O tratamento para a Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) começa com um medicamento chamado riluzole, que é distribuído gratuitamente por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). O riluzole reduz a velocidade de progressão da doença, mas os resultados são muito aquém da expectativa dos pacientes e familiares.

Fisioterapia, reabilitação, uso de órteses, de uma cadeira de rodas ou outras medidas ortopédicas podem ser necessárias para maximizar a função muscular e o estado de saúde geral, conforme cada caso e de acordo com a evolução da doença.

A atrofia muscular espinhal (AME) é uma doença neurodegenerativa com herança genética.

A classificação clínica da AME é dada pela idade de início e máxima função motora adquirida, sendo então dividida em: 1) grave (tipo I, AME aguda ou doença de Werdnig-Hoffmann); 2) intermediária (tipo II ou AME crônica); 3) branda (tipo III, AME juvenil ou doença de Kugelberg-Welander); e 4) tipo IV (AME adulta). 

O diagnóstico pode ser difícil e necessita de uma combinação de avaliação clínica, achados de eletroneuromiografia e confirmação com estudo genético.

É consenso que o tratamento deve ser feito por equipe multidisciplinar visando complicações neurológicas, respiratórias, nutricionais e ortopédicas. 

Há tratamento específico para casos selecionados.

A poliomielite, também chamada de pólio ou paralisia infantil, é uma doença contagiosa aguda causada pelo poliovírus, que pode infectar crianças e adultos por meio do contato direto com fezes ou com secreções eliminadas pela boca das pessoas doentes e provocar ou não paralisia. Nos casos graves, em que acontecem as paralisias musculares, os membros inferiores são os mais atingidos.

No Brasil, o último caso de infecção pelo poliovírus selvagem ocorreu em 1989. Entretanto, chama-se a atenção para o risco de importação de casos de países onde ainda há circulação endêmica do poliovírus selvagem (Paquistão, Nigéria e Afeganistão). 

As sequelas da poliomielite estão relacionadas com a infecção da medula e do cérebro pelo poliovírus, normalmente correspondem a sequelas motoras e não tem cura. Assim, as principais sequelas da poliomielite são: problemas e dores nas articulações, pé torto (conhecido como pé equino, em que a pessoa não consegue andar porque o calcanhar não encosta no chão), crescimento diferente das pernas (o que faz com que a pessoa manque e incline-se para um lado, causando escoliose), paralisia de uma das pernas, paralisia dos músculos da fala e da deglutição  (o que provoca acúmulo de secreções na boca e na garganta, dificuldade de falar), atrofia muscular e hipersensibilidade ao toque.

A vacinação é a única forma de prevenção. Todas as crianças menores de cinco anos devem ser vacinadas.

Doenças Neuromusculares

As mononeuropatias simples se caracterizam por distúrbios sensitivos e fraqueza no território do nervo periférico comprometido. O diagnóstico é clínico, mas pode requerer confirmação com eletroneuromiografia. O tratamento é direcionado à causa, algumas vezes com imobilização com talas, anti-inflamatórios não esteroides, injeções de corticoides e, nos casos graves de compressão do nervo, cirurgia.

A síndrome do túnel do carpo é um exemplo comum de mononeuropatia (do nervo mediano).

As mononeuropatias múltiplas caracterizam-se por distúrbios sensitivos e fraqueza no território de ≥ 2 nervos periféricos comprometidos.

A mononeuropatia múltipla é geralmente secundária a doenças do tecido conjuntivo (p. ex., poliartrite nodosa, lúpus eritematoso sistêmico, outros tipos de vasculite, síndrome de Sjögren, artrite reumatoide), sarcoidose, distúrbios metabólicos (p. ex., diabetes), ou doenças infecciosas (p. ex., doença de Lyme, infecção pelo HIV, hanseníase).

A polineuropatia periférica é causada pela lesão progressiva nos nervos, resultante de doenças metabólicas, como a diabetes, ou doenças autoimunes, como lúpus, artrite reumatóide ou síndrome de Sjögren. No entanto, infecções, exposição a substâncias tóxicas (como o álcool, por exemplo), falta de vitaminas, e, até traumatismos também podem causar problemas nos nervos e resultar em polineuropatia. Em casos mais raros, a polineuropatia pode até surgir sem qualquer causa aparente e, então, é conhecida como polineuropatia periférica idiopática.

Os sintomas sensitivos e / ou motores normalmente começam nos pés e mãos de forma simétrica (bota e luva) e sobem progressivamente.

Na maioria dos casos os sintomas melhoram com o tratamento da doença que está causando a lesão nos nervos, mas em outras situações, pode ser necessário manter o uso constante de medicamentos para controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida.

Radiculopatia é caracterizada pela lesão ou comprometimento de um ou mais nervos e suas raízes nervosas que passam pela coluna vertebral, levando ao surgimento de sintomas como dor, formigamento, sensação de choque e fraqueza dos membros, como acontece na dor pelo comprometimento do nervo ciático, por exemplo.

Qualquer localidade da coluna pode ser afetada, entretanto, é mais comum nas regiões lombar e cervical.

O tratamento é feito de acordo com a sua causa. Pode incluir fisioterapia, uso de medicamentos analgésicos ou anti-inflamatórios para dor e, nos casos mais graves, cirurgia.

A síndrome de Guillain Barré é um distúrbio autoimune. É geralmente provocado por um processo infeccioso anterior e manifesta fraqueza muscular e perda da sensibilidade de forma ascendente a partir das extremidades, com redução ou ausência de reflexos. Os casos mais graves ocorrem quando a doença atinge a musculatura respiratória levando a insuficiência respiratória. Várias infecções têm sido associadas à Síndrome de Guillain Barré, sendo a infecção por Campylobacter, que causa diarréia, a mais comum. Outras infecções encontradas na literatura científica que podem desencadear essa doença incluem Zika, dengue, chikungunya, citomegalovírus, vírus Epstein-Barr, sarampo, vírus de influenza A, Mycoplasma pneumoniae, enterovirus D68, hepatite A, B, C, HIV, coronavírus entre outros. 

O tratamento é feito com imunoglobunia IV em ambiente hospitalar.

A miastenia gravis é uma doença autoimune em que a comunicação entre os nervos e os músculos é afetada, produzindo episódios de fraqueza muscular.

Os nervos se comunicam com os músculos liberando um mensageiro químico (neurotransmissor), que interage com os receptores nos músculos (na junção neuromuscular) e estimula a contração dos músculos. Na miastenia gravis, o sistema imunológico produz anticorpos que atacam um tipo de receptor no lado muscular da junção neuromuscular.

As pessoas geralmente têm queda de pálpebras e visão dupla e os músculos geralmente ficam cansados e fracos com as atividades físicas, piorando com o decorrer do dia.

Eletromiografia e exames de laboratório podem ajudar a confirmar o diagnóstico.

O tratamento se faz com medicamentos e com a retirada cirúrgica do timo (glândula que ajuda na formação dos anticorpos).

Miopatias são um conjunto de doenças de natureza muscular que atingem exclusivamente os músculos, sem nenhum problema estrutural que envolva nervos periféricos. As causas de miopatias são diversas, desde infecção, passando por problemas metabólicos e inflamação, e genéticas. 

O sintoma mais característico, presente em praticamente todos os tipos de miopatia, é a fraqueza muscular. É comum pessoas com miopatias apresentarem dificuldades de locomoção, dificuldade ao levantar e de realizar tarefas rotineiras. Além disso é comum dores e atrofia muscular.

Os principais tipos de miopatias de origem genética são as distrofias musculares de Duchenne e a de Becker. Há outras distrofias musculares, miopatias metabólicas, miopatias congênitas e a distrofia miotônica entre as distonias hereditárias. Polimiosite e dermatomiosite são exemplos de miopatias autoimunes. Medicamentos, como os usados para o tratamento para o colesterol (estatinas), também podem causar miopatia.

Os exames laboratoriais como dosagens das enzimas musculares e exames neurofisiológicos como a eletroneuromiografia auxiliam no direcionamento diagnóstico.

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